domingo, 25 de novembro de 2007

Atlantes.

“ A parte atlântica da Lemúria foi a base geológica do que é geralmente conhecido por Atlântida, mas que se deve antes considerar como um desenvolvimento da continuação da Lemúria, do que como uma massa de terra completamente nova, levantada para atender às exigências especiais da Quarta Raça-Raiz. O que ocorre com as sucessivas mudanças e ajustamentos das massas continentais é análogo ao que sucede com a evolução das Raças: não se pode traçar uma linha demarcatória bem definida entre o término de uma antiga ordem de coisas e o começo de outra. A continuidade dos processos naturais não se interrope nunca. Assim, a Quarta Raça Atlante se desenvolveu de um núcleo de Homens da Terceira Raça da Lemúria Setentrional, concentrada em um ponto situado mais ou menos onde fica atualmente o meio do Oceano Atlântico. Seu continente formo-se pela união de várias ilhas e penínsulas que se ergueram acima das águas no transcurso normal dos séculos para finalmente se converterem na verdadeira morada da grande Raça conhecida como Atlante...” DSIII – 352

“Os Atlantes da Quarta Raça ficaram de posse do que sobrou da Lemúria e, estabeleceram-se nas ilhas, as incluíram entre suas terras e continentes... a ilha de Páscoa foi também ocupada desta maneira pelos atlantes que escaparam do cataclismo que abateu seu próprio país, tendo se fixado nesse remanescente da Lemúria...” DSIII – 345


É essa justamente o ponto central dessa investigação – a Natureza não dá saltos, e a evolução física e mental se desenvolve lenta e sucessivamente, onde as aparentes destruições em massa, deixam em seu rasto a semente fecunda e necessária para um desenvolvimento posterior em outro nível mais elevado, e de uma nova ordem de coisas.

“Estritamente falando, não é senão a partir das raças Atlantes gigantescas que se pode fazer referência ao homem, pois só a Quarta Raça foi a primeira espécie humana completa, sem embargo de possuir uma estatura muito maior que a nossa de hoje...” DSIII - 2454

E, segundo Blavatsky, somente na 4° Raça é que foi desenvolvida a linguagem, concordando com o texto a seguir:

Em "The Story of Atlantis", de 1896, Scott-Elliot aprofundara-se na 4ª Raíz presente no continente de Os atlantes enfim tomaram uma existência mental, criando o Reino Humano. Sua primeira sub-raça, a Rmoahal foi a primeira a dar nomes às coisas e possuir uma linguagem rude por cordas vocais. Surgiram a 7 graus de latitude norte e a 5 graus de latitude sul, onde atualmente se encontraria a Nigéria. Era uma raça escura com altura variante entre 3 e 3,5 metros. Com o tempo migraram para a costa sul do continente atlante onde frequentemente entravam em confronto com antigos povos da sexta e sétima sub-raça lemuriana - e também assim se misturaram com eles.

Aqui há outra divergência, na Estância X temos o seguinte:
38 – Assim, de dois a dois, nas Sete Zonas, a Terceira Raça deu nascimento à Quarta... (Raça em suas sub-raças)
39 – A Primeira, em todas as Zonas, era da cor da lua;
A Segunda amarela como o ouro;
A Terceira, vermelha;
A Quarta, de cor morena, tornou-se negra pelo pecado...

Essa referência de uma raça negra “pecadora” encontramos na Gênesis bíblica – Gen.9.24, quando Noé amaldiçoa seu filho Cão – que simboliza a raça negra.

Foram eles que construíram as grandes cidades e imagens, e já as águas ameaçavam os Atlantes e parte de suas terras submergiram como podemos ler nas Estâncias XI e XII:
43 – Eles construíram cidades colossais...
44 – Ergueram grandes imagens... A Água ameaçava a Quarta.
45 – As primeiras Grandes Águas vieram. Elas submergiram as Sete Grandes Ilhas.
46 – Salvos todos os Justos; destruídos os Ímpios...
47 – Poucos ficaram. Alguns amarelos, alguns morenos e negros e alguns vermelhos ficaram. Os que tinham cor da lua haviam desaparecido para sempre...”

“...Aquele que chamais Adão nem foi o primeiro nem o único a povoar a Terra... O homem surgiu em vários pontos do globo e em diversas épocas; e aí está uma das causas da diversidade das raças...” Kardec – Livro dos Espíritos

Aqui fica bem definido as raças amarela - orientais, negra – africanos, e vermelha, cujos descendentes tradicionalmente pertencem aos povos das Américas.


“... A ciência recusa também sancionar a audaciosa hipótese de que houve um tempo em que a península indiana, de um lado, e a América do Sul, de outro, estavam ligadas por um cinturão de ilhas e continentes. A Índia dos tempos pré-históricos... estava duplamente unida às duas Américas... Um homem a pé que partisse do Norte, podia alcançar, quase sem molhar os pés, a península de Alaska, atravessando a Manchúria, o futuro golfo de Tartária, as ilhas Kurilas e Aleútas, enquanto outro viajante, provido de uma canoa, e partindo do Sul, podia cruzar o Sião, as ilhas da Polinésia e chegar a qualquer parte do continente sul americano.”  DSIII – 345

“... O imenso Continente, que outrora dominou soberanamente nos Oceanos Índico, Atlântico e Pacífico, consistia então em enormes ilhas, que desapareceram gradualmente uma após outra, até que a convulsão final arrebatou os últimos remanescentes... da Terceira Raça.” DSIII – 346

É claro que devemos – e podemos – imaginar uma gradual transformação do aspecto físico dos continentes através de longos períodos, o que indica que em algum momento a Ásia e as Américas – incluindo a Oceania – estavam ligadas por terra, e que essa ligação era através do que hoje é a Oceania.

“Ora, a China esteve certamente ligada ou em fácil comunicação com o Peru, Bolívia e Chile, na Cordilheira dos Andes, pelos montes que formam hoje as ilhas da Oceania, ou pelo continente Lemuriano submergido...” Leterre – 47

Sobre as civilizações, a Tradição Esotérica afirma que:
"Cada continente viu gerar progressivamente uma flora e uma fauna, coroadas por uma raça humana. Os continentes nascem, sucessivamente, de tal sorte que aquele que continua a raça humana que devia suceder àquela existente nascia no momento em que esta última estava em plena civilização. Várias grandes civilizações assim sucederam-se sobre nosso planeta, na seguinte ordem:
i) a colossal civilização Atlântida, criada pela Raça Vermelha, desenvolvida sobre um continente hoje desaparecido, que se estendia no espaço hoje ocupado pelo Oceano Atlântico;
ii) no momento em que a Raça Vermelha estava em plena civilização, nascia um novo continente que constitui a África de hoje, gerando como termo último de evolução a Raça Negra.
iii) Quando se produziu o cataclismo que tragou a Atlântida, fato designado por todas as religiões sob o nome de Dilúvio Universal, a civilização passou rapidamente às mãos da Raça Negra, à qual alguns sobreviventes da Raça Vermelha transmitiram seus principais segredos.
iv) Finalmente, quando os negros tinham chegado por si próprios ao apogeu de sua civilização, nasceu um novo continente (Europa) e uma nova raça, a Branca, à quem devia passar, ulteriormente a supremacia do planeta.

Os dados que resumimos não são novos. Aqueles que sabem ler esotericamente o Sepher de Moisés encontrarão a chave das primeiras palavras do livro, assim como demonstrou Saint-Yves d`Alveydre. Mas sem ir tão longe, Fabre d`Olivet, desde 1820, desenvolvia esse doutrina na História Filosófica do Gênero Humano...

A geologia veio provar, de acordo com a Arqueologia e a Antropologia, a realidade de vários pontos dessa tradição...

É, pois da Raça Vermelha que vem originariamente a tradição. Ademais, examinando o próprio nome de Adão constataremos que ele significa terra vermelha, e compreenderemos porque os cabalistas dizem que sua ciência vem de Adão.

Essa tradição teve pois, como principais focos de transmissão: a Atlântida, a África e, enfim a Europa. A Oceania e a América são vestígios da Atlântida e de um continente anterior: a Lemúria...”

Papus pg, 119/20




Como vemos o que chamamos de Atlântida era somente uma parte daqueles novos territórios em formação - justamente aquela resguardada pela lenda grega, a ilha de Posidônia que somente caíra por volta de 9500 a.C, que de acordo com os teosofistas, é a data do "Dilúvio", o último de uma série de quatro grandes cataclismos que abalaram o continente atlântico desde seu 'estabelecimento'
- o primeiro fora por volta de 800 mil anos atrás (que separara a Atlântida da América),
o segundo a cerca de 200 mil anos (que dividira o continente em duas porções, Ruta e Daitya)
e o terceiro aproximadamente há 80 mil anos (que trouxe abaixo a parte sul, Daitya).


De acordo com as teorias das grandes glaciações do Período Quaternário, temos que após a 1° Grande Glaciação pode ter contribuído para a separação das Américas do resto do Grande Continente Atlante, com o aumento do nível do mar – as Águas ameaçavam a Quarta – reza o sloka 45 do Livro de Dzyan.
1° Cataclismo – 550.000 anos – 1° época inter-glacial.
2° Cataclismo – 435.000 anos – 2° época inter-glacial.
3° Cataclismo – 187.000 anos – 3° época inter-glacial.
4° cataclismo - 11.000 anos – 4° época inter-glacial.



Entre o primeiro e o segundo cataclismos surgiu a 2ª sub-raça atlante, a Tlavatli, que de acordo com a Sociedade Teosófica apareceu pela primeira vez perto de uma ilha na costa oeste de Atlântida (assim, às margens da América também). Era um povo de menor estatura e pele marrom-avermelhada que logo se espalhara por todo o continente e regiões vizinhas. Foram os primeiros a ter noção de realeza e ambições pessoais. Crê-se que os índios americanos são seus descendentes - combinados claramente com os vindouros mongóis).

No mesmo período a 3ª sub-raça, a Tolteca, surgiu no continente à 30º de latitude norte. Tal raça estabeleceu a monarquia e a hereditariedade como valores, além de darem origem às nações. Foi a mais portentosa raça atlante. Sua pele era muito mais vermelha que a dos Tlavatlis. Tornaram-se a elite continental e construíram a 'Cidade dos Portões Dourados' (Manoa - Alguns Teosóficos mais entusiastas dizem ser um antigo reino de Manaus, devido a sua localização e lendas de tribos amazônicas), no leste.

Os incas são descendentes diretos desta raça, assim como os Toltecas secundários, aqueles que foram extintos pelos Astecas no México.

Próximo já do segundo cataclismo surgiram a 4ª sub-raça, a Turânia Original, que diz a filosofia teosófica que deturpou-se com reis opressores que se proclamavam deuses, com idolatras e com o uso da magia negra; e a 5ª sub-raça, a Semita original, ramo que dera origem a 5ª Raça Raiz, a Ariana. Com o entorpecimento humano e declínio Tolteca parece que o grande terremoto de 200 mil anos atrás veio como 'castigo', diz a lenda.

Então, entre o segundo e o terceiro abalo, surgiram a 6ª e 7ª sub-raças atlantes, os Acadianos e os Mongóis (os primeiros deram origem ao famoso Império Acadiano, na Mesopotâmia e a Civilização de Harappa, no Vale do Indus - as duas destruídas posteriormente por Arianos; os últimos, diz a teosofia, na verdade nunca pisaram em território atlante, sendo herdeiros de colônias turanianas e acadianas na Tartária à 63º de latitude norte e 140º de longitude leste).



Voltando aos mapas de William Scott-Elliot (1904), temos o seguinte:


Última fase do continente Lemuriano


Onde a /América Central já se encontra, quase em comunicação direta com parte do território Africano atual



Os territórios em verde já deixaram de existir – estão submersos.
O mapa acima é da Atlântida:
há 1 milhão de anos atrás. Antes das Eras Glaciais e da catástrofe de 800 mil anos atrás.

Aqui, América e África se encontram unidas, formando um só Continente – o que explica, por exemplo, a semelhança das cabeças gigantes dos Olmecas com os Africanos.

depois da catástrofe de 800 mil anos atrás, e antes da catástrofe de 200 mil anos atrás

depois da catástrofe de 200 mil anos atrás e antes da catástrofe de 80 mil anos atrás.


depois da catástrofe de 80 mil anos atrás, e antes da submersão de sua última parte – a ilha de Posseidon em 9.564 ac



Resumo das 7 sub-raças atlântes

4ª Era - Atlântica
1ª Sub-raça - Rmoahal
2ª Sub-raça - Tlavatli
3ª Sub-raça - Tolteca
4ª Sub-raça - Turânia Original
5ª Sub-raça - Semita Original
6ª Sub-raça - Acadiana
7ª Sub-raça - Mongol







Enquanto não chegarem a uma conclusão quanto às datações, poderemos ficar com a certeza de que houve sim modificações significativas na formação dos Continente, e que essas não podem ser consideradas como apenas “coisas do passado”, mas sim que a evolução poderá em tempos futuros (e talvez não tão futuros assim) produzir novas formas e novas terras.

Outro ponto importante nesse estudo é que podemos, com certo grau de certeza, determinar que a Terra dos Tempos Arcaicos, já foi uma “pequena aldeia” - como gosto de imaginar – isto é, os povos de diversas partes do Mundo, que hoje estão separados por largos oceanos, em algum momento no passado distante se comunicavam e possuíam características culturais semelhantes, tal como temos atualmente – daí temos os mitos de diversos povos baseados em uma mesma “essência”, por assim dizer, e as diversas culturas e conhecimentos científicos que foram legados herdados umas das outras.

Houve sim em tempos remotos uma cultura comum a todas as culturas posteriores, o que explica as semelhanças entre as civilizações das Américas, Europa, África, Ásia e Oceania, que com o distanciamento das terras, por inundação ou deslocamento, acabaram como que construindo uma cultura particular, sem, no entanto, se distanciar demasiado da cultura de origem, é isso que podemos observar muito claramente em “Idade da Pedra”.


[1] Ver “Ilha de Páscoa”
[2] Ver “Oceania” em A Idade da Pedra
[3] Esotérico – é o ensino filosófico de doutrinas secretas, destinado aos Iniciados.
Exotérico – doutrina ensinada publicamente a todos.

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