sábado, 17 de novembro de 2007

Geologia e Glaciações



As glaciações são fenômenos de extremo resfriamento, seguidas por períodos inter-glaciais – quando ocorre um aquecimento - cujas causas são ainda desconhecidas, certos pesquisadores falam sobre uma provável mudança de inclinação súbita do eixo da Terra, que pode ter chegado até 50°, atualmente é de 23º26’16’ e varia 47’’ em um século, outros falam que os pólos magnéticos da Terra já trocaram de lugar pelo menos 5 vezes.

O Dr. Antonio Carlos de Lima – Doutor em arqueologia na Universidade de Coimbra, e presidente do Núcleo de Pesquisas Arqueológicas e Sociais (NUPAS) de João Pessoa, diz ser que a causa principal das glaciações, podem estar associadas a fatores astronômicos.

Cammile Flamarion – astrônomo -, diz que a provável causa das glaciações, é a diminuição da radiação solar, e pode estar relacionada com o movimento de translação do sistema solar através da Galáxia, que atravessa, como um disco lançado no ar, regiões do espaço mais ou menos ricos em matéria inter-estelar. Enquanto atravessa uma região de pouca densidade, a radiação se torna mais forte, por não ter nada que se interponha a ela, e a temperatura se eleva. A temperatura se abaixa quando, o sistema solar atravessa regiões ricas de matéria inter-estelar, suficiente para obstruir parte da energia da radiação solar. Se essa hipótese for correta, poderemos ter novas glaciações a qualquer momento, e estas podem acontecer de forma quase que instantânea, o que explicaria o fato de terem sido encontrados fósseis de animais congelados, com vestígios de alimento na boca e estômago, e não uma migração para terras menos geladas, caso tivessem tido ‘tempo’ para isso.

Muitos criacionistas defendem a idéia de uma glaciação súbita, como também o cientista suíço Luís Agassiz que diz: ”As terras da Europa, anteriormente cobertas de vegetação tropical, habitada por manadas de grandes elefantes, enormes hipopótamos, e gigantescos carnívoros, subitamente foram soterrados por uma vasta extensão de gelo que cobriu planícies, lagos, mares e planaltos…Portanto todas a hipóteses de um resfriamento gradual da Terra, ou de uma lenta variação quer da inclinação quer da posição do eixo terrestre, não são válidas.” (WS)

“…Tais extinções teriam de ocorrer repentina e dramaticamente. Teria de haver um recobrimento rápido juntamente com repentino congelamento profundo. O deslocamento dos pólos ocorrendo ao longo de vários séculos, dificilmente teria sido a causa suficiente,” William A, Springstead

“Ao norte de Fairbanks, Alasca, bem como no Vale do Yukon, ambos nos EUA, nesse últimos quinze anos, as bombas de alta pressão empregadas nos garimpos do ouro troxeram à luz do dia os restos congelados de mamutes, de pelo comprido. O conteúdo do estômago congelado desse animais eram folhas e gramíneas, que tinham acabado de mastigar. Os filhotes estavam deitados ao lado de seus genitores...O arqueólogo Prof. Frank C. Hibben, da Universidade de Novo México, fez os seguintes comentários a respeito:’Não é possível que, de uma só vez, número tão grande de animais venha a sofrer morte natural!’ . E realmente, conforme as pesquisas realizadas, os animais devem ter sido mortos de um momento para outro e, no mesmo instante, os cadávers devem ter ficado congelados, pois do contrário apresentariam, no mínimo, ligeiros vestígios de decomposição...” S&C - 136

“De fato, parece não haver meios de explicar a maior parte das grandes jazidas de fósseis do mundo, especialmente de fósseis vertebrados, a não ser em termos de sepultamento extremamente rápido e litificação, da maneira descrita pelo dilúvio bíblico, juntamente com a atividade vulcânica e tectônica paralela, e seus induzidos fenômenos glaciológicos subseqüentes.” Henry M. Morris - 1971

“...Os glaciologistas já apresentaram cerca de sessenta explicações para o aparecimento das calotas de gelo. Nenhuma dessas explicações até hoje recebeu aceitação geral. É opinião do revisor que os criacionistas deveriam, portanto, ser cautelosos e não dogmáticos com respeito ao assunto. Nem as Escrituras, nem a pesquisa científica têm revelado a causa exata desse notável período.

Muitos criacionistas crêem que a glaciação continental seguiu-se ao Dilúvio. Whitcomn e Morris, Harold Armstrong[1] e o revisos estão entre os que assim crêem. Donal Patten é uma exceção. Escreve ele:’ Propõe-se aqui que a causa ou causas da Época do Gelo não se seguiram ao Dilúvio. Constituíram ambas uma única catástrofe’[2]Aqueles que esposam a teoria de uma camada de gelo circundando a Terra, crêem também que o seu rompimento ocorreu simultaneamente com o Dilúvio.”
William A, Springstead – Pastor da Igreja Batista com pós graduação em História.


Os períodos glaciais, são caracterizados pelo rebaixamento do nível do mar, em maior ou menor proporção, aumentando a linha costeira, ou ‘terra firme’.
Nos períodos inter-glaciais, o derretimento, das capas de gelo provoca o aumento do nível do mar, encobrindo assim terras do litoral dos continentes.

Durante a última glaciação[3], o mar baixou cerca de 100 metros, expondo várias extensões de terra, chegando as praias avançarem cerca de 130 Km. ‘mar a dentro’. Esse fenômeno é chamado de regressão, e o processo de aumento do nível do mar é chamado de transgressão.

Esse rebaixamento seria suficiente para formar pontes de terra firme como entre a Austrália e Nova Guiné, entre a Sibéria e Alasca, e entre a Ásia e muitas ilhas. Q5

A variação do nível do mar pode ser subdividida em três fases:
de 17.500 a 16.000 anos atrás, o nível era de menos 130 m
de 16.000 a 11.000 anos atrás, o nível era de menos 60 a 70 m.
de 11.000 a 6.500 anos atrás, o nível era de menos 45 a 25 m

Estes últimos 6.500 anos constituem um período transgressivo – de aumento do nível do mar.

Foram encontrados fósseis de animais mamíferos terrestres dentro dos 100 m abaixo da superfície atual do mar, o que pode indicar uma inundação súbita ou um forte deslocamento das águas de modo a ‘varrer’ esses animais terrestres.

“Dawson sustentava que a rapidez do derretimento do gelo, após a glaciação, foi responsável pela vasta e extensa destruição da vida. Escreveu ele: ‘aquele dilúvio pós-glacial, que deve ter varrido a maior parte da humanidade, bem como as espécies de grandes animais, deixou somente poucos sobreviventes para repovoar o mundo’ . Talvez as extensas jazidas de fósseis no solo das plataformas continentais sejam argumento a favor da rapidez da elevação das ´[águas devido ao rápido derretimento do gelo.” W.A. Springstead

Há cerca de 18.000 anos atrás, no auge dessa glaciação, extensas capas de gelo cobriram cerca de 30% da superfície da América do Norte, alcançando Nova York, o mesmo aconteceu na Europa. Parece que no Hemisfério Norte há uma incidência de 80% dos fenômenos glaciais, e no Hemisfério Sul, as glaciações foram muito mais amenas, e na maioria das vezes limitadas às regiões mais elevadas. Nenhuma das áreas glaciais do Hemisfério Sul mostra as evidências das quatro glaciações máximas do período Quaternário das latitudes Norte. Talvez por causa do movimento de translação do sistema solar que vai ‘para cima’, expondo desse modo as latitudes norte dos planetas e da Terra.


Glaciações no Período Quarternário

A teoria das glaciações múltiplas no Quartenário, somente recebeu aceitação geral no início do século XX, com Penk e Bruckner, que em dois livros popularizaram essa teoria, qualificando as glaciações com os nomes citados abaixo. Esse trabalho tornou-se um clássico para a glaciologia.

Durante esse período, houveram 4 glaciações, (cujas datas definidas entre um autor e outro variam consideravelmente dentro da pesquisa que realizei), e entre uma e outra glaciação, um período inter-glacial. A única informação que é coincidente são os nomes das Glaciações, as datações são discordantes, eu optei por uma única fonte, por me parecer mais ‘confiável’, que dá a seguinte classificação:
Com os nomes dados por Penk e Brukener adotados na Europa e seu correspondente nos EUA



Períodos Glaciais e Inter-Glaciais:
1° glacial - Nebraskan ou Günz - início há 590.000 anos - duração 40.000 anos
Inter-glacial Aftonian ou Günz-Mindel - início há 550.000 anos - duração 74.000 anos
2° glacial Kansan ou Mindel - início há 476.000 anos - duração 41.000 anos
Inter-glacial Yarmouth ou Mindel-Riss - início há 435.000 anos - duração 205.000 anos
3° glacial Illinoian ou Riss - início há 230.000 anos - duração 43.000 anos
Inter-glacial Sangamon ou Riss-Würm - início há 187.000 anos - duração 117.000 anos
4° glacial Wisconsin ou Würm - início há 70.000 anos - duração 59.750 anos
Pós-glacial época atual - duração de 10.250 anos.


O cientista suíço Luís Agassis escreveu dois livros onde introduziu um novo conceito sobre os acontecimentos geológicos, publicados em meados do século XIX, o conceito de glaciações múltiplas e propondo calotas de gelo continentais de vastas extensões, sobre a Europa escreveu ele: “Temos que lidar com camadas de gelo de mil e quinhentos a mil e oitocentos metros de espessura, cobrindo todo o continente...(que) se estendia pelo menos desde o Pólo Norte até os Mares Mediterrâneo e Cáspio...estendia-se além da orla litorânea do Mediterrâneo e do Oceano Atlântico, cobrindo mesmo completamente a América do Norte e a Rússia Asiática.”

Todas estas teorias são controvertidas, os cientistas divergem em diversos pontos, por outro lado, a poliglaciação não pode ser demonstrada em muitas partes de terra glaciada.

“Os fatos sobre o homem primitivo nas Américas apóiam a idéia de um Ártico isento de gelo durante o período de Wisconsim, e portanto durante os estágios glaciais anteriores."
Ewing e Donn – 1956 – “A teory of the ice ages, Science”

“Pelo estudo efetuado sobre os mapas dos antigos reis navegadores e através das datas obtidas com isótropos pelo Dr.W.D.Urry, Hapgood defende um período de clima quente na Antártida, somente há pouco mais de 6.000 anos[4]. Artefatos descobertos por arqueólogos no litoral congelado do Ártico argumentam a favor de um gelo Ártico recente. Ambos esses fatores sugerem glaciação rápida e recente naquelas áreas...”
William A, Springstead



Não há referências sobre glaciações durante o Secundário e o Terciário.



Era Primária
Temos que, segundo o professor
Dr.A.C.Rocha-Campos – FAPESP, diz que:
Além de uma extensa ocorrência de glaciação na Bacia do Paraná,
rochas Neo-Paleosóicas -Carbonífero inf. – há 360 a 286 milhões de anos
de provável origem glacial foram registradas em vários locais do
Norte e Centro-Oeste (Bacia dos Parecis, MT e RO),
Sudeste - noroeste de Minas Gerais, e
Norte do Brasil - Bacia Sergipe-Alagoas e em Sergipe e Bahia...
Durante o Carbonífero e Permiano,
Tratando-se da mais extensa glaciação da história geológica do Brasil,
tanto em área - abrange mais de 2/3 do território nacional
quanto em duração – de 15 a 30 milhões de anos.

Depósitos glaciogênicos da Bacia do Paraná e Sergipe-Alagoas,
têm sido correlacionados com os ocorrentes na Níbia e Gabão – África Ocidental,
áreas contíguas ao Brasil em uma reconstituição paleogeográfica pré-deriva.
(fonte http://www.igc.usp.br/glacial/externa.htm)




Isabel Montañez – professora de geologia da Universidade da Califórnia diz que,
há 300 milhões de anos, no Carbonífero-Permiano, o hemisfério Sul estava quase que totalmente coberto pelo gelo, e que os oceanos do Norte estavam congelados, e nos trópicos estavam dominados pos espessas selvas.
E, 40 milhões de anos depois, a Terra ficou muito aquecida e árida.

O prof. Almirio Barros Franga – Petrobrás – realizou um trabalho que possibilitou a identificação de glaciação no período Carbonífero/Permiano - há 360 a 250 milhões de anos, na bacia do São Francisco – nordeste de Minas Gerais.
Proterozóico
Houveram diversas glaciações, as chamadas Eras do Gelo, como também há a teoria de que inicialmente havia um único continente – Rodínea, formado no Neo-Proterozóico - que depois se fragmentou na configuração atual, no início da Era Primária – 550 milhões de anos

Rodínea é uma palavra russa que significa ‘terra natal’, baseando-se em simulações, os pesquisadores descobriram que o processo do rompimento desse super continente em unidades menores, ao longo de milhões de anos, ocasionou o aumento das chuvas e conseqüente diminuição de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera através de processos geoquímicos, e consequentemente, a temperatura média do planeta chegou a 2°C, causando a maior glaciação que a Terra experimentou, há 750 milhões de anos.
(fonte – revista Nature)

Outros autores, chamam o super continente de Pangéia, e afirmam que começou a dividir-se há 200 milhões de anos – Era Secundária.

Alcides Nóbrega Sial – geólogo –
coordenador do Laboratório de Isótropos Estáveis – UFPE
em estudo realizado pela USP, em colaboração com outras Universidades, determinou que quatro grandes glaciações deixaram o globo parecido com uma bola de neve, e ocorreram há 740, 720, 600 e 570 milhões de anos.

Durante o período Neo-Proterozóico – há 600 a 570 milhões de anos, a temperatura chegou a 50° C negativos, exterminando quase que toda a vegetação e vida animal, sendo que apenas poucos organismos conseguiram sobreviver na água gelada.

O prof. Alexandre Uhlein – UFMG
Diz que foi verificado no sul do rio São Francisco
e nas regiões de Jequitaí – MG, e Cristalina - Go
uma glaciação no Neo-Proterozóico – entre 900 a 700 milhões de anos atrás

Essa mesma teoria da Bola de Neve é defendida pelo prof. Paul Hoffman,
Pesquisador da Universidade de Harvard – EUA –
Que afirma que ocorreram três grandes glaciações no Neo-Proterozóico
Entre 720 e 580 milhões de anos atrás - 720, 630 e 580 milhões de anos
Causando a extinção em massa da vida
Semelhanças encontradas por ele entre formações rochosas da Níbia e do Canadá, indicam que a capa de gelo teria chegado até o Equador e derretido milhões de anos depois, por causa de um aquecimento global extremo, onde as taxas de CO2 chegaram a 350 vezes mais que as atuais..

Renato Sabbatini explica que esse aquecimento pela atividade vulcânica que lançou CO2 na atmosfera, elevando a temperatura média da Terra até 50° ou 60°.

Nessa breve explanação dos arquivos da ciência, fica claro que nem todas as “respostas” foram dadas, e fica claro que a “ciência” encontra certa dificuldade em assentar-se em bases mais sólidas onde todos os seus representantes possam se entender, ou que, (pelo ao menos), cheguem à uma conclusão comum sobre os “fatos” ocorridos. Por outro lado, temos uma outra Ciência, a daqueles olham para esses “fatos”, com olhos muito diferentes por terem uma cosmovisão, (talvez, e muito mais provavelmente) muito mais ampliada, e que têm em mente outras possibilidades que vão muito além da História e da Ciência Oficial...



[1] 1972, “Creation Research Society Quarterly” – uma nova visaõ científica sobre o assunto.
[2] 1966 – “The Biblical flood and the ice epoch”
[3] Würm
[4] 1966 – Charles H. Hapgood - “Maps of the ancient sea kings”

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